sábado, 30 de agosto de 2014
Cordel das Estrelas
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
O NASCIMENTO DE JESUS, UM CORDEL SOBRE O NATAL
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Projeto Literatura de cordel
Atividade 1.5 – Os alunos farão a leitura do texto “ Cordel adolescente, ô xente!” de Silvia Orthof e também a interpretação oral e escrita.
Produção de um poema de cordel e ilustração utilizando a técnica da xilogravura.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
"Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças"
"Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças"
Carlos Drummond de Andrade
a curiosidade de aprender
que é em vocês natural.
Eu queria uma escola que educasse
seu corpo e seus movimentos:
que possibilitasse seu crescimento
físico e sadio. Normal
Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a natureza,
o ar, a matéria, as plantas, os animais,
seu próprio corpo. Deus.
Mas que ensinasse primeiro pela
observação, pela descoberta,
pela experimentação.
E que dessas coisas lhes ensinasse
não só o conhecer, como também
a aceitar, a amar e preservar.
Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a nossa história
e a nossa terra de uma maneira
viva e atraente.
Eu queria uma escola que lhes
ensinasse a usarem bem a nossa língua,
a pensarem e a se expressarem
com clareza.
Eu queria uma escola que lhes
ensinassem a pensar, a raciocinar,
a procurar soluções.
Eu queria uma escola que desde cedo
usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando...
Oh! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola
em que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorar
sem entender, nomes, datas, fatos...
Deus que livre vocês de aceitarem
conhecimentos "prontos",
mediocremente embalados
nos livros didáticos descartáveis.
Deus que livre vocês de ficarem
passivos, ouvindo e repetindo,
repetindo, repetindo...
Eu também queria uma escola
que ensinasse a conviver, a
coooperar,
a respeitar, a esperar, a saber viver
em comunidade, em união.
Que vocês aprendessem
a transformar e criar.
Que lhes desse múltiplos meios de
vocês expressarem cada
sentimento,
cada drama, cada emoção.
Ah! E antes que eu me esqueça:
Deus que livre vocês
de um professor incompetente.
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Vaca Estrela e Boi Fubá
Muitos artistas do povo contaram essa história em músicas, pinturas, poemas. A música Vaca Estrela e Boi Fubá foi composta pelo poeta sertanejo Patativa do Assaré, nascido no sertão cearense.
Na música um retirante conta a um certo "dotô" (doutor) a felicidade de campear todos os dias e cuidar da boiada e como tem vontade de chorar quando se lembra dessa vida.
O cantor Luiz Gonzaga também gravou sua versão da música, em conjunto com Fagner.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Filme: Malévola
Gênero:Aventura, Ação, Fantasia
Duração: 135 min.
Origem: Estados Unidos
Direção:Robert Stromberg
Roteiro:John Lee Hancock, Linda Woolverton, + ver todos
Distribuidor: Walt Disney Pictures
Classificação: 10 anos
Ano: 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Filme:Pocahontas
- Nome do filme:
- Personagens principais
- Em que local se passa a história:
sexta-feira, 4 de abril de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Amor antigo
segunda-feira, 24 de março de 2014
Eu, a leitura e a escrita: um amor antigo…
Lucimeire Vaz Lima
Sempre amei as letras, desde pequena me perdia na leitura de tudo que caísse em minhas mãos, minha mãe sempre teve cuidado para que nada “perigoso” ficasse dando sopa pela casa. Lia revistas, receitas de bolo, bulas de remédio, manual de instruções, embalagens de xampu, embalagens de produtos de limpeza e todo e qualquer livro que eu tinha acesso.
Aprendi a ler aos 5 anos com meu pai, meu herói que me ensinava tudo e quando chegava à escola não sentia dificuldades. Lembro-me minha primeira coleção de livros ganhei do meu tio, que na época era um rapaz solteiro e ao comprar um enciclopédia daquelas que os vendedores vendiam de porta em porta, ganhou uma coleção de contos de fadas como brinde. Eram 6 livros de capa amarela e figuras coloridas, me sentia muito importante por ter uma coleção só minha, simplesmente os devorei. Meu pai trabalhava próximo a uma banca de jornais e todas as sextas nos levava dois gibis, um da Turma da Mônica e um do Walt Disney, passava o fim de semana deitada na minha cama lendo os gibis que papai trazia.
Na minha época a alfabetização na escola só começava aos 7 anos na 1ª série, então era apaixonada pela minha cartilha e pelo livro 1 Caminho Suave, me divertia em ler a palavras, acertar nos ditados. Minha escola não possuía biblioteca e a minha sede pela leitura era enorme, então aguardava ansiosa para que chegasse a quarta-feira, quando então a Kombi da Leitura estacionava na entre quadra e logo formava uma longa fila de crianças inquietas para escolher seu livro e durante uma semana viajar naquelas histórias.
Não tínhamos as diversões e tecnologia que as crianças tem hoje, a TV oferecia alguns desenhos e filmes legais, mas a programação não era muito voltada basicamente aos pequenos. Podíamos brincar na rua com nossos vizinhos. E líamos muito, porque na falta de condições financeiras para viajar, os livros nos proporcionava viagens interessantes através dos livros, viajamos de tapete mágico, de avião, de trem, de navio, através de passagens secretas; conhecemos, praias, florestas, castelos, montanhas; visitamos continentes e galáxias; sentíamos até o cheiro das flores.
Na escola onde fiz o ensino fundamental havia uma biblioteca e eu adorava ir lá só para pegar os livros da coleção Vaga-Lume, acredito que li toda a coleção, li também O Estudante I e II, Pollyana Menina, Pollyana Moça e Pollyana Mulher, O Guarani, A Moreninha, e até mesmo O Estrangeiro de Albert Camus, entre outros.
Mas algo que nunca me deixou feliz foi fazer prova de livro, sempre acreditei que a leitura obrigatória tira um pouco do brilho das letras. Sempre escrevi bem, modéstia a parte, na escola minhas redações tinham notas boas.
Com tanta leitura um dia comecei a escrever, comecei com diários. Enchia vários cadernos com minhas chateações, tristezas e alegrias. Mas um dia já adulta conversando com uma amiga no MSN sobre as aventuras que tínhamos vivido ela dizia que se brincasse dava um livro. Então propus que criássemos um blog e escrevêssemos nossas histórias com nomes fictícios, claro. Daí em mais ou menos 30 minutos eu criei o blog e escrevi o texto, foi deliciosa a experiência e os textos foram surgindo. Quando tive um texto publicado no jornal do Sinpro DF fiquei muito feliz. Não conheço a autoria da frase, mas acredito nela “Há três coisas que um homem deveria fazer na sua vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.”, já plantei a árvore, me falta agora o filho e o livro.
É isso, assim foram meus primeiros contatos com a leitura e escrita.
sexta-feira, 14 de março de 2014
Oficinas de poemas…
2ª Oficina
Apreciação do poema " Tudo a ver" do poeta Elias José. (apresentado no projetor multimídia).
- Interpretação do poema:
- Do que trata o poema?
- Como sabemos que é um poema?
- Por que o poema é diferentes dos outro textos como: notícias de jornal, lista de compras, contos?
- Como o poema se organiza no papel?
- Há sons que se repetem?
- Há palavras ou expressões que mesmo distantes dentro do texto possuem semelhanças sonoras?
- Explicação aos alunos que cada gênero textual possui características próprias, sendo preciso levar em conta dados como:
- Quem escreve?
- Para quem escreve?
- Com qual finalidade?
- Onde será publicado?
- Os alunos produzirão um poema com o tema " O lugar onde vivo". Posteriormente postarão aqui no blog.
O lugar onde vivo...
quinta-feira, 13 de março de 2014
O poeta aprendiz
Vinícius de Moraes
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante.
Anos tinha dez
E asinhas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc.
O olhar verde-gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina.
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
E caía exato
Como cai um gato.
No diabolô
Que bom jogador
Bilboquê então
Era plim e plão.
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho.
No fundo do mar
Sabia encontrar
Estrelas, ouriços
E até deixa-dissos.
Às vezes nadava
Um mundo de água
E não era menino
Por nada mofino
Sendo que uma vez
Embolou com três.
Sua coleção
De achados do chão
Abundava em conchas
Botões, coisas tronchas
Seixos, caramujos
Marulhantes, cujos
Colocava ao ouvido
Com ar entendido
Rolhas, espoletas
E malacachetas
Cacos coloridos
E bolas de vidro
E dez pelo menos
Camisas-de-vênus.
Em gude de bilha
Era maravilha
E em bola de meia
Jogando de meia -
Direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.
Amava era amar.
Amava sua ama
Nos jogos de cama
Amava as criadas
Varrendo as escadas
Amava as gurias
Da rua, vadias
Amava suas primas
Levadas e opimas
Amava suas tias
De peles macias
Amava as artistas
Das cine-revistas
Amava a mulher
A mais não poder.
Por isso fazia
Seu grão de poesia
E achava bonita
A palavra escrita.
Por isso sofria.
Da melancolia
De sonhar o poeta
Que quem sabe um dia
Poderia ser.
sexta-feira, 7 de março de 2014
1ª oficina de Poemas
O objetivo da aula de hoje era trabalhar diversos poemas trazidos pelos alunos. Que deveriam posta-los no blog utilizando a ferramenta Padlet a fim de criarmos um mural online.
Começamos a aula no laboratório de informática.
Sala de estrelas Marcas:Então começamos a ter problemas técnicos, nossa internet não é tão boa ( para não dizer péssima), já que é bastante lenta. Abrimos o navegador Google Crome, mas este não carregava o Padlet, então fomos para Mozilla Firefox que abriu a ferramenta. Começamos a digitar os poemas, todos estavam bastante concentrados na execução da tarefa. No entanto para nossa surpresa os textos não apareceram para serem aprovados. Alguns alunos de dispuseram a tentar em casa.
Quando voltamos para a sala, trabalhamos o poema Borboletas de Vinícius de Moraes.
Mesmo enfrentando os problemas técnicos, nossa aula foi excelente.
quarta-feira, 5 de março de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Traços autobiográficos
TRAÇOS AUTOBIOGRÁFICOS
Sou Clarice Lispector. Nasci na Ucrânia, numa aldeia que não existe no mapa, Tchetchelnik, e vim com dois meses para o Brasil. para o Recife. Minha primeira língua foi o português. Muitas pessoas pensam que eu falo com sotaque por ser russa de nascimento. Mas é que eu tenho a língua presa. Há a possibilidade de cortar, mas meu médico falou que dói muito. Tem uma palavra que eu não posso falar, senão todo mundo cai pra trás: aurora.
Antes de aprender a ler e a escrever, eu já fabulava. Inventei junto com uma amiga minha, muito passiva, uma história que nunca terminava, porque quando eu dizia: "Então todos estavam mortos", ela replicava: "Não tão mortos assim". Então eu continuava a história.
Eu trabalho do modo mais esquisito do mundo: sentada numa poltrona, com a máquina no colo. Por causa de meus filhos. Quando eles eram pequenos, eu não queria que tivessem uma mãe fechada num quarto a que não pudessem ter acesso. Então eu sentava no sofá, com a máquina no colo e escrevia.
Meus romances, meus contos me vêm em pedaços, anotações sobre as personagens, tema, cenário, que depois vou juntando, mas que nasceram de uma realidade interior vivida ou imaginada, sempre muito pessoal.
Quando eu era criança, durante muito tempo pensei que os livros nascessem como as árvores, como os pássaros. Quando descobri que existiam autores, pensei: também quero fazer um livro.
Esse texto foi criado a partir de uma colagem de depoimentos e crônicas da autora.
Para gostar de ler, vol. 9, Contos. São Paulo: Ática.